A expressão saudade deriva do grego nostos (moradia) e algos (agonia). Quando se olha pelo retrovisor, alguns capítulos do passado parecem perfeitos. Uma espécie de paraíso perdido. “É um paraíso que se sente perdido, contudo que, na realidade, nunca se teve”, observa Manuel Fernández Branco. Esse passado foi esbelto, emocionante e especial, embora quem sabe não em tal grau como nos faz ver de perto a saudade.
“isso nos faz lembrar de um passado idealizado. Há tão poucos momentos de alegria pela existência que quase queremos recordar deles todos. E é portanto que os idealizamos”. Assim, estamos diante de um sentimento fraude, em razão de não há mais paraísos que os que se inventa nossa memória. Rafael Euba, psiquiatra que se estabeleceu em Londres, concorda que, com a saudade “se lembra de um passado que parece mais do que o que foi”. E não é o mesmo que deixar-se levar de vez em no momento em que, pela nostalgia que viver escravizado por ela.
“A dificuldade é se você âncoras no passado”, afirma Rafael Euba. Ninguém está livre de constatar saudade, em alguma ocasião. Mas é muito diferenciado recordar com saudade da juventude, em uma tarde de domingo que ser aborrecido pela velhice, porque lembra a juventude como o paraíso que não voltará.
É muito contrário perder o passado de vez em quando que viver instalado nele. Como explica o psicanalista Cecilio Paniagua, as pessoas com tendência à nostalgia “costumam ter problemas para se encaixar ao seu presente”. Também, observa Manuel Fernández Branco, o defeito não só é idealizar o passado, entretanto, acima de tudo, “confiar que não vai descobrir, no futuro, nada aproximado ao que se paga menos”. Esta espécie de melancolia que impede de viver o presente e enfrentar o futuro é excessiva porque não gostamos nem ao menos o hoje nem o amanhã.
“A saudade é muito atraente-considera Rafael Euba – já que o passado tem uma pureza e uma inocência que nem o presente, nem o futuro possuem. O passado e não cria amargura. E o presente e o futuro sempre criam aflição; essa é a explicação de que apareça a nostalgia”. Sente muita saudade de um amor, quando o presente é ausência dele. Sente muita saudade de um passado livre de preocupações quando as atuais apertar demasiado. A emoção que nos assalta ao recordar as viagens de juventude, quando já a rotina não tem condolência.
“A nostalgia excessiva quase a toda a hora aparece no momento em que o presente é desagradável e o futuro é ameaçador-comenta Rafael Euba. Eu trabalho com pessoas idosas. Vivem em um lugar muito desigual do teu passado e têm doenças e problemas que não sofriam quando eram jovens. A nostalgia da juventude quem sabe seja uma das mais frequentes e intensas”. Porque, além disso, tem a visualizar com muitas coisas que se fazem na primeira vez: o primeiro beijo, a primeira viagem, casar… “As primeiras grandes experiências que deixam uma impressão emocional muito profunda”, ilustra. Realmente, o que nós perdemos de nosso passado?
Como foi escrito por Alan R. Hirsch, psiquiatra e professor do Centro Médico da Universidade de Rush, de Chicago (EUA), “a saudade, mais do que relacionada com uma lembrança específica, está com um estado emocional”. Não se anseia por uma tarde de infância em concreto ou a infância em si, no entanto a inocência e a alegria com que se vivia no momento em que garota. Se añoran as emoções positivas, apesar de idealizadas, associadas à infância. Este psiquiatra bem como foi estudado por que os aromas têm o poder de nos despertar memórias saudosistas. “O detalhe olfatoria vai parar diretamente no sistema límbico, área do cérebro que residem as emoções.
- Cinco Comércio exterior com os Estados unidos da América.
- Robin Gibbs.[14]
- Benito fica aprisionado dentro da cisterna chorando, mas ninguém ouve
- Nenê, menina: piá, guria
Por isso, um cheiro nos conecta já com uma emoção do passado”. Quanto mais energia dedicamo-nos ao passado, a menos que temos pro presente e o futuro. Mas a saudade podes aportarnos alguma coisa afirmativo? Ou trata-se simplesmente de um inútil passeio pelo ontem? “Se hipoteca o seu presente ou seu futuro é negativo -diz Rafael Euba-, ainda que se lhe permite descobrir um refúgio breve pra condições do presente, podes ser benéfico”. Um oásis no que repor as forças pra retornar ao neste instante com pouco mais de vigor.
< / p>“, Como dizem nos EUA: o que te assistência por intermédio da noite, seja bem-vindo”. Outro aspecto afirmativo a saudade é que desempenha um papel respeitável na nossa identidade. “Nos auxílio a elevar a auto-estima -sinaliza Cecilio Paniagua-.